migalhas de pão

Será que eu encontro o caminho de volta?

24.7.05

Kika1

— Você está quieta sinto falta de sua voz — falou isso quase que num sussurro…
— Estou pensando.
— Em mim?
— Sempre — e estava, não sempre, e não que precisasse pensar para dar essa resposta. Sempre pensar em dar, mesmo que não fosse para ela.
E assim arrebatedoramente invadiu minha mente os mesmos diálogos, as mesmas conversas, as mesmas histórias, beijos, carinho abraços, tapas.....

— Lika?
— Oi
— Ta vendo aquela porta ali?
— Eu fechei para não entrar o monstro da porta aberta

—Eu, o monstro da porta aberta, entrei pela frestinha.... — E pulou em cima de mim, E aí sim vieram os mesmos risos, as mesmas vozes esganiçadas das duas... as mesmas rouquidões. Mas não... beijos não mais, mais não. Até que assim nesse naturalmente que fazíamos interrompemo-nos uma caída ao lado da outra.

O céu que nos cobria não se decidia em ser azul ou enevoado. Era azul. Eram nuvens.
—Olha a gente refletida lá no céu!
— Ah não! Aquilo é um elefante, quase cinza : )
— Então somos duas elefoas —riamos
— É elefoas ou elefantas?

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