migalhas de pão

Será que eu encontro o caminho de volta?

6.9.03

maravilhas Felinas II

Eu consegui um trabalho com uma editora.
Estava de olhos vidrados em um conjunto de canetas ou uma coleçãozinha de tios qualquer... Essas coisas que fazem meu coraçãozinho consumista bater mais forte.
E ia andando embaixo do minhocão a caminho dessa bendita editora, hoje já falida. Acho que era Canto azul de uma terra distante o nome, ou outra coisa comprida qualquer.
Ouvi um miado tão agudo que não consegua ser muito baixo. Tinha um bocado de caizas de madeira no empilhadas, e dali que vinha o som. Cheguei perto para ver se era um miado mesmo, com as pernas um pouco tremendo que fosse de seu inimigo. E daí vi aquela coisinha miuda que logo fugiu de mim.
Fui no boteco do lado e comprei um bolinho de carne para o pequeno que o devorou como se não comesse a dias. Ou então só tinha gostado da carne mesmo. Feliz, com a sensação de ter cumprido a minha boa ação do dia voltei para o meu caminho a editora.
E daí no dia seguinte eu passei pelo mesm canto, e ouvi o miado, e não é que o gato tinha mudado de cor! Era antes de três cores agora era malhado de preto e branco. Sorri e deixei outro bolinho de carne.
Assim foram passando os dias. Passei a levar ração na bolsa, e deixar sempre lá no canto para eles comerem. Tinha o potinho apropriado. E mesmo quando não estavam os pequenos eu deixava no cantinho a raçãozinha colorida.

E daí foi assim. E peço para vocês que os que estão em pé se sentem, e os que estão sentados se segurem bem. Tudo começou como sempre. Eu deixei a comida e a gatinha de três cores veio. O malhado não, até o momento em que eu já ia me retirando quando... ele apareceu estava sangrando, infeccionado, e tanto que caminhava deixando marquinhas pelo chão. E quando fui ver, não é que agora tinha um olho só?

Eu acabei chorando e sentando... e o chão era tão sujo. E minha roupa nem tão clara nunca mais foi a mesma. E as minha lágrimas se misturaram ao sangue do filhote.
Peguei os dois que cabiam em um só braço meu. Telefonei à editra que ia atrasar e corri para o veterinário, que o internou imediatamente.

Estavam cobertos de todos os parasitar que eu já tinha ouvido falar, até de umas coisas que dão em cavalo! como ele ficou branco depois do banho forçado...

E aí a malhada de três cores foi para casa chorar comigo. Esperando a recuperação do branco e preto. Foi um tempinho triste, mas ele ficou bem, apesar do olho, quem nem foi tão grave assim. Até o deixou charmoso.

E assim o meu sonho de consumo foi adiado, mas ainda bem porque ele foi revertido para uma boa causa, recuperação, vacinas, alguns reforços alimentares.

E daí veio a parte difícil. Nunca soube muito dar nomes. E não sabia-os dar, mas como as caixas onde os encontrei eram de uma feira que ficava lá perto eles se tornaram, alface, e primeiramente alfafa, mas quando se descobriu macho virou tomate...